Bonanza, em vias de extinção

Bonanza, en vías de extinción
Ulises Rosell, 2001, Argentina, 84’, 12 anos.

Bonanza Muchinsci é um aventureiro, caçador de serpentes, sucateiro, pai, cacique local, ex-ladrão de bancos; uma espécie de Rei Midas que transforma tudo em fonte de prosperidade: passarinhos, ferro velho, cobras, a inesgotável destreza. Sua filha La Vero (única garota em um mundo masculino) se entretém com pequenas cascavéis, e seu filho Norberto despedaça carros com a mesma descontração com que eles brincam no barro ou iniciam uma fogueira ao redor da qual podem conversar. Nessa família que desdobra tantos ofícios e habilidades, estão outras formas de bonança, quase exclusivas do passado.

Bonanza, em vias de extinção passou por diversos festivais como o BAFICI, Rotterdam e Toulouse, e ganhou os prêmios de Melhor Documentário no 50º Festival Internacional de Cinema de Mannheim/ Heidelberg e o Tercer Coral Documental no 23º Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano de La Habana.

FICHA TÉCNICA Direção e roteiro: Ulises Rosell | Fotografia: Guillermo “Bill” Nieto | Edição: Nicolás Goldbart | Som: Federico Esquerro | Música: Kevin Johansen | Produção: Ulises Rosell | Elenco: Bonanza Muchinsci, Norberto Muchinsci, Verónica Muchinsci, Héctor Gómez, El Leo, Miguel.

Ulises Rosell (Buenos Aires, 1970) estudou Direção da Universidad del Cine. Entre 1996 e 2001, junto a Pablo Trapero e Andrés Tambornino, fez parte da Cinematográfica Sargentina, produtora que teve um papel fundamental na renovação do cinema independente do país. Entre os curtas que dirigiu estão Aqueronte (1994) e Dónde y cómo Oliveira perdió a Achala (1995), ambos com Andrés Tambornino. Bonanza é seu primeiro longa, seguido por El descanso (2001, com Andrés Tambornino e Rodrigo Moreno), Sofacama (2006), El etnógrafo (2012) e Al desierto (2017).

24 de abril, terça-feira, 15h00.