Orione

Orione
Toia Bonino, 2017, Argentina, 67’, 12 anos.

A história da qual Orione se aproxima poderia ser um desses casos que ocupam um par de minutos no telejornal ou uma tarde toda em programas policiais sensacionalistas. De fato, o filme conta com o fragmento de uma chamada televisiva em que se fala de “dois delinquentes mortos e três policiais feridos após um tiroteio”. “Sim, eles eram perigosos”, conclui o encarregado da investigação. Desdobrando diversos pontos de vista através de um collage de registros familiares, imagens de operações policiais, cartas e algumas vozes, Orione dá visibilidade e dimensão humana aos “delinquentes” abatidos naquela noite, destacando-se por seu tom descritivo distante da catarse.

Orione foi considerado o Melhor Filme e também foi laureado com o prêmio de Melhor Montagem no 4o FIDBA – Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires, o mais importante festival de documentários da Argentina. Ganhou ainda o prêmio de Melhor Direção no 19o BAFICI. Teve sua estreia internacional no IDFA – Festival Internacional de Documentários de Amsterdã.

FICHA TÉCNICA Direção, roteiro e câmera: Toia Bonino | Câmera adicional: David Bisbano e Sebastián Menasse | Edição: Toia Bonino e Alejo Moguillansky | Som: Facundo Gómez e Martín Scaglia | Música: Hernán Hayet | Produção: Marcela Sluka e Toia Bonino | Produtores associados: Federico Posternak e Gabriel Pastore (Boneco Films) | Elenco: Ana Loza.

Toia Bonino (Buenos Aires, 1975) é graduada em Artes Visuais pelo Instituto Universitario Nacional del Arte e em Psicologia pela Universidad de Buenos Aires. Realizou vários curtas e médias-metragens no campo do filme experimental e ensaístico. Exibiu seus filmes no MAMBA (Museo de Arte Moderno de Buenos Aires), em 2015, e no Festival de Mar del Plata, em 2012, ano em que também participou da mostra Hors Pistes, no Centro Pompidou. Orione é seu primeiro longa.

19 de abril, quinta-feira, 15h00.